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Neste mar de tempestades e bonanças,
todo o homem se nega e todo o homem resiste,
uns agarram-se as cordas, outros aos remos,
mesmo sempre sabendo que o mar insiste...
Nesses momentos o homem trás denovo a força aos braços,
e rema, rema, rema sempre em frente contra a maré, tudo e todos,
rema com o suor e as lagrimas, rema com todos os esforços..
Deixa as velas partirem-se contra a ventania, deixa os mares revoltos mudarem o rumo, mas no fundo ele sabe sempre para onde vai, mesmo que para isso tenha que usar a força contra os Titãs, contra Zeus e os demais...
Ele saberá retomar o rumo.
A essa força de vontade , o corpo reage da maneira mais nobre, reage da maneira mais bruta e natural que conhece..a alma, essa reage como milhoes de cavalos-força que se deslocam em paralelo e no sentido contrário aos da corrente, como se toda a força da terra-mãe girasse em volta de mil turbilhões e ainda assim nem saísse do lugar...o espirito, esse flutua ao longo do azul profundo das ondas-gigantes como se de uma poça de agua se tratasse...a mente, essa só tem um objectivo, chegar a bom porto, feliz e seca, afinal de contas, só ela sozinha consegue guiar e comandar o espirito, o corpo e a alma e num só, vencerão os raios e coriscos que este mar lhe trará..
Tudo, porque aquela força existe...e é para ser usada com toda a vontade!
Avante meu albatroz! o Homem do Leme espera por ti!