segunda-feira, julho 25, 2011

Sister.
















Ninguem disse que ser irmão mais velho era complicado...e não é que é mesmo?..

È sentirmos que temos o dever de ajudar na educação dos mais pequenos, de olhar por eles quando os pais não estão...De os proteger.

Mas è também chatear quando é preciso.

Eu tenho uma irmã mais nova que eu. E vou aprendendo a ser "Irmão mais velho". Aquele chato e amigo que os mais novos geralmente detestam às vezes, mas amam sempre.

Ser irmão mais velho, é poder ter esse direito de dizer o que está bem e o que está mal. Mas não nos podemos esquecer que não somos Deus nem somos donos da maneira de ser dos que são do nosso sangue.

E isso diz tudo. O mesmo sangue. Os mesmos genes.

E por mais que dois irmãos sejam diferentes, teimosos, apenas mais novos ou estarem naquela idade em que nada é ainda compreensível, ter um/a irmão/ã a seu lado é algo que só quem tem sabe o que digo.













E é preciso ter paciência...muuuuita mas muita paciência, acreditem! e compreensão claro. Lol






Para aqueles que sabem o que digo, deixo aqui esta excelente musica que me deixa sem palavras.

terça-feira, julho 19, 2011

E assim é a minha gente. È assim, minha gente.













E o verão chegou. E que loucos que eles andam.

Por entre cervejas e esplanadas, o povo muda.
Festeja-se o bom tempo e toda esta transformação. Bebem, sorriem e choram.
E tudo se converte, tudo se mexe. Tudo se mistura.
Como uma gorda fatia de chocolate doce e pimenta amarga. Que todos adoram.

É tempo de esquecer a crise,
e deixar ferver o calor e o sangue quente.
E esta temperatura transforma o povo assim,
saudavelmente demente.

E eu que até gosto de toda esta azáfama,
mas nao de todo este burburinho. Sinto,
que o verão chegou a minha terra pra ficar,
e transformar cada bocadinho deste cantinho.

E vive-se devagar. Às vezes até devagarinho...


E assim é a minha gente. É assim, minha gente.














De manhã cedo fazemos as contas para as horas livres.
Queremos praia, festa, amor, amizade e ar quente.
Limpamos o espírito das chuvas do inverno,
enxuga-mos a alma do frio que passou. Que até Abril ainda se sente.


E apesar de tudo eu adoro esta minha gente,
que é como quem diz, filho de peixe sabe nadar.
E quando se aprende é como tudo, não se esquece.
Tal como peixe pequeno, sempre de rabo-a-dar-a-dar.


E este povo feito de marinheiros,
sabe receber e deixar ficar. Alegremente.
Alguns estão de passagem apenas mas vão voltar,
outros acabam por ficar. Para sempre.


E assim é a minha gente. È assim, minha gente.


Para viver no Algarve não é preciso muito.
Dois palmos de terra e os pescadores constroem uma cabana à beira da ria.
Depois com trabalho, sorrisos e uma cana de pesca,
se constrói uma vida. Constrói-se esta alegria.














Há marisco! Conquilhas, Ameijoas, Sapateiras ou Lingueirão,
há peixe fresco, mar salgado e quatro meses de verão.
Ha os «Cámónes» que cá passam e deixam o seu dinheiro,
Depois em Setembro muitos se vão, outros ficam cá o ano inteiro.

Há também quem deles precise,
para todos os dias fazer chegar a sua casa o pão.
Pessoas essas que sabem dar e receber,
Que sabem tornar em paraíso, qualquer quarto de Hotel ou Pensão.


E assim é a minha gente. È assim, minha gente.














Temos barcos, redes e muitas milhas de agua azul,
toneladas de areia branca e quilómetros de praia,
e tudo isto num cantinho do extremo Sul,
de uma ponta a outra. Sem que daqui se saia.

E se junto ao mar o tempo ficar feio,
se estiver «Cachão» ou o mar agreste,
Vamos mais para dentro dar um passeio.
E vemos Montes e Vales de cor verde. De jipe, de burro ou a pedestre.














E assim é a minha gente. È assim, minha gente.













"I read somewhere... how important it is in life not necessarily to be strong, but to feel strong... to measure yourself at least once... to find yourself at least once in the most ancient of the human conditions...thats the way it is here."

[Alexander Supertramp - Into the Wild]

sexta-feira, julho 08, 2011

Para ser grande, sê inteiro.





















Para ser grande, sê inteiro: nada
Teu exagera ou exclui.
Sê todo em cada coisa. Põe quanto és
No mínimo que fazes.
Assim em cada lago a lua toda
Brilha, porque alta vive.


Ricardo Reis (Fernando Pessoa)
14/02/1933