quinta-feira, novembro 03, 2011

Mudar, de rumo.















Houve um tempo, em que acreditei que o meu mundo nunca mudaria. Que tudo á minha volta continuaria a ser sempre o mesmo. As mesmas pessoas, os mesmos carros, as mesmas casas, as mesmas caras e vozes, os mesmos lugares… E estava enganado.

O mundo pode mudar, basta nós querermos. No entanto a mudança é algo que deixa sempre marcas. Deixa-nos restos na alma que não queremos levar conosco…deixa-nos um sem-sabor no paladar. Porque nem o velho mundo acaba, nem o novo mundo recomeça…ambos vão-se afastando apenas… um do outro.















Ninguém consegue simplesmente mudar de vida de um dia para o outro e estar tudo bem e tudo lhe saber bem. Ninguem é imune ás adversidades que isso trás.

Todos nós temos uma certa aversão às instabilidades. Todos nós queremos paz e sossego e um cantinho para ficar até não nos apetecer mais…Todos nós temos momentos em que nos questionamos se fizemos bem ou se fizemos mal. E eu, não sou excepção.








Nunca fui muito de grandes mudanças, mas com o tempo aprendi que mudar-me, sabe bem. Mudar, faz bem à alma e ao espírito. E renova o nosso ser. Mudar, tornou-se uma constante para muitas coisas na vida.

E para mim chegou a hora de finalmente mudar. Passados quase 5 anos.





Daqui, levo o que queria levar quando cá cheguei: uma bagagem de gente boa, um cantinho acolhedor onde posso sempre voltar, uma imensidão de saber, e um mar de saudade.

Estes foram os tempos em que fiquei feliz por ter mudado o meu mundo. E consegui. E ele mudou. Mudou com os anos a passarem, mudou com tudo o que por ele passou, mudaram as pessoas, mudaram os carros, mudaram as casas, mudaram as vozes e os lugares, mudaram…





Quando olho para trás, sinto que não foi em vão e sei que vou deixar também parte de mim aqui, como um suspiro de saudade. Quem sabe se um dia cá voltarei...





Já não falta muito… E por agora não me quero despedir.

Não vou mudar o meu ser, vou mudar apenas o mundo em que vivo. Nem sei o que me espera… Mas para já, sei apenas que mudar, é o melhor que posso fazer por mim…





Vejo-te denovo com bons olhos, amigo Albatroz. Perto do meu cais, estavas a sacudir o pó das tuas asas... Como se te soltasses do peso de velhas penas que já não fazem sentido… para que possa nascer uma nova penugem… mais leve e com mais vida.

Sê bem-vindo de novo ao meu ponto de encontro. Em breve embarcamos os dois nesta nossa nova aventura. O Velho lobo-do-mar ainda não me acenou, disse-me para aguardar mais uns momentos… de modo a apanhar a melhor maré, as melhores águas, os melhores ventos.

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